Creepypasta: O ceifador das almas
18:45
"Ele está lá quando nascemos, ele está lá quando crescemos, ele está lá quando rimos ou choramos. Ele está lá o tempo todo até esperar o momento certo para nos levar com ele..."
Acordar no meio da noite gritando, suando, e tendo a sensação de estar sendo estranhamente observado, perdi a conta de quantas vezes isso me aconteceu durante toda minha vida. Talvez esse tenha sido uns dos motivos para mim desenvolver algumas fobias como acluofobia, mas de certa forma eu já estou curada das fobias e os pesadelos, bem eles acontecem não é mesmo?
Morar sozinha aos 25 anos estava nos meus planos de vida, ter anemia agressiva não. Mas não há nada que eu possa fazer quanto á isso, a não ser é claro me cuidar. E tentar não morre antes do 40. Trabalhar com fotografia sempre foi uma paixão, uma paixão cara, mas uma paixão. Ver e fotografar os mais diferentes e belos rosto desses lugares que frequento, ver crianças lindas quase todos os dias e poder registrar belos momentos com as mais diversas pessoas me faz esquecer os problemas. Inclusive das minhas doenças.
Perdi minha irmã por uma brincadeira idiota que a deixou em coma por anos. Minha mãe coitada, sofreu pela morte da minha irmã até a dor de ter perdido a filha a matar. Meu pai, ah meu pobre pai não aguentou assim como minha mãe a dor da morte e deixou que seu corpo fosse sendo consumido pelo tempo. E eu, bem eu ainda não morri, mas carrego a dor de todas essas perdas no meu peito e luto para viver por mais algum tempo. Embora eu saiba que a morte me persegue.
Eu odeio ir á médicos, eles só servem para nos mostrar que nossos corpos são podres e decadentes, uma dessas vezes quando estava numa daquelas salas onde se tira sangue e outros exames um homem de aproximadamente 30 anos veio puxar assunto comigo:
- Anemia? - Perguntou ele.
- Sim e você? - Perguntei.
- É uma longa história.- Ele respondeu sorrindo
- Eu tenho mais de 5 exames para fazer hoje, digamos que tenho tempo para longas histórias. - Respondi sorrindo também.
- Bom, então vamos lá. Eu sou um soldado de guerra, sou o comandante de um pelotão. Houve uma guerra onde ficamos expostos á substâncias químicas, foi um verdadeiro caos os soldados correndo e procurando máscaras para se salvarem, eu cedi minha máscara á umas das minhas soldadas, o que acabou prejudicando meu organismo. - Ele disse com uma expressão triste.
- Eu sinto muito. - Disse.
- Não se preocupe isso já faz 30 anos. - Ele responde sorrindo.
- Senhor Leonard? Já pode ir pra casa. - Disse uma enfermeira
- Eu já estou indo, foi um prazer conhecer você Luna. - Disse ele sorrindo.
Ele foi embora, e eu fiquei ali esperando aquele hospital sugar meu sangue e vida, e me perguntando como aquele homem sabia meu nome e como era tão velho mesmo parecendo tão novo. Devo ter ficado ali por mais ou menos umas duas horas, tirando sangue, entrando dentro de máquinas, e outros exames. Para no final de tudo um médico me dizer que estou morrendo: grande novidade! Dali uma semana começavam meus tratamentos. É preciso coragem para sobreviver. Com um pouco de ódio do maldito diagnostico fui até a uma lanchonete perto de casa e passei quase o dia todo lá, arrumando fotos, adiantando trabalhos e outras coisas. Aquele maldito homem apareceu outra vez de uma hora para outra:
- Se vingando do diagnostico? - Ele perguntou com um sorriso irônico.
- De certa forma sim, e você? Está me seguindo? - Perguntei sem tirar os olhos do meu computador.
- Não, é apenas destino. - Ele respondeu sorrindo.
- Sei. - Respondi ainda sem tirar os olhos do computador.
- Gostaria de dar um aviso Luna. Não fique espalhando suas histórias de terror por ai, pode ser perigoso. - Ele disse sério.
- Não me diga o que fazer! - Respondi com raiva. E quando percebi ele não estava mais ali.
Comecei meu tratamento, como não havia ninguém com quem contar em casa eu e os médicos decidimos que era melhor que eu ficasse internada até o fim do tratamento. E mesmo naquele hospital os pesadelos voltavam á me atormentar.
Parece um tanto bizarro, mas acredite ou não podemos sentir a presença dele, e sentir a presença dele significa que estamos cada vez mais perto da morte. Embora eu tivesse recebido dos mais diversos avisos, no meus sonhos, no meio do dia, e afins eu ignorei á tudo e a todos e eu estou mais uma vez repassando essa história, sobre esse homem que está o tempo todo nos observando, desde nossa nascimento até a ultima batida de nossos corações. Ele não gosta que falemos deles por ai, nem tão pouco que contemos de nossa experiências, mas falar sobre a morte quando esta prestes a morrer não faz diferença alguma. O problema está quando se está bem e saudável e se está lendo a história de quem não deveríamos conhecer...
Já haviam se passado mais ou menos três semana desde que comecei meu tratamento, e posso sentir a presença dele. Senti um calafrio, e minha espinha se arrepiar, o ar parecia mais frio e os corredores pareciam escuros. Era ele.
Ele está lá quando nascemos, ele está lá quando crescemos, quando choramos ou sorrimos, ele está lá o tempo todo esperando o momento certo de nos levar. Quando você acorda no meio da noite e tem a impressão de estar sendo observado saiba que é ele que está ali te encarando e isso é um sinal de que logo você irá embora com ele. Não se assuste mas ele está te encarando fixamente agora. Cuidado, pois a próxima alma pode ser a sua.
Acordar no meio da noite gritando, suando, e tendo a sensação de estar sendo estranhamente observado, perdi a conta de quantas vezes isso me aconteceu durante toda minha vida. Talvez esse tenha sido uns dos motivos para mim desenvolver algumas fobias como acluofobia, mas de certa forma eu já estou curada das fobias e os pesadelos, bem eles acontecem não é mesmo?
Morar sozinha aos 25 anos estava nos meus planos de vida, ter anemia agressiva não. Mas não há nada que eu possa fazer quanto á isso, a não ser é claro me cuidar. E tentar não morre antes do 40. Trabalhar com fotografia sempre foi uma paixão, uma paixão cara, mas uma paixão. Ver e fotografar os mais diferentes e belos rosto desses lugares que frequento, ver crianças lindas quase todos os dias e poder registrar belos momentos com as mais diversas pessoas me faz esquecer os problemas. Inclusive das minhas doenças.
Perdi minha irmã por uma brincadeira idiota que a deixou em coma por anos. Minha mãe coitada, sofreu pela morte da minha irmã até a dor de ter perdido a filha a matar. Meu pai, ah meu pobre pai não aguentou assim como minha mãe a dor da morte e deixou que seu corpo fosse sendo consumido pelo tempo. E eu, bem eu ainda não morri, mas carrego a dor de todas essas perdas no meu peito e luto para viver por mais algum tempo. Embora eu saiba que a morte me persegue.
Eu odeio ir á médicos, eles só servem para nos mostrar que nossos corpos são podres e decadentes, uma dessas vezes quando estava numa daquelas salas onde se tira sangue e outros exames um homem de aproximadamente 30 anos veio puxar assunto comigo:
- Anemia? - Perguntou ele.
- Sim e você? - Perguntei.
- É uma longa história.- Ele respondeu sorrindo
- Eu tenho mais de 5 exames para fazer hoje, digamos que tenho tempo para longas histórias. - Respondi sorrindo também.
- Bom, então vamos lá. Eu sou um soldado de guerra, sou o comandante de um pelotão. Houve uma guerra onde ficamos expostos á substâncias químicas, foi um verdadeiro caos os soldados correndo e procurando máscaras para se salvarem, eu cedi minha máscara á umas das minhas soldadas, o que acabou prejudicando meu organismo. - Ele disse com uma expressão triste.
- Eu sinto muito. - Disse.
- Não se preocupe isso já faz 30 anos. - Ele responde sorrindo.
- Senhor Leonard? Já pode ir pra casa. - Disse uma enfermeira
- Eu já estou indo, foi um prazer conhecer você Luna. - Disse ele sorrindo.
Ele foi embora, e eu fiquei ali esperando aquele hospital sugar meu sangue e vida, e me perguntando como aquele homem sabia meu nome e como era tão velho mesmo parecendo tão novo. Devo ter ficado ali por mais ou menos umas duas horas, tirando sangue, entrando dentro de máquinas, e outros exames. Para no final de tudo um médico me dizer que estou morrendo: grande novidade! Dali uma semana começavam meus tratamentos. É preciso coragem para sobreviver. Com um pouco de ódio do maldito diagnostico fui até a uma lanchonete perto de casa e passei quase o dia todo lá, arrumando fotos, adiantando trabalhos e outras coisas. Aquele maldito homem apareceu outra vez de uma hora para outra:
- Se vingando do diagnostico? - Ele perguntou com um sorriso irônico.
- De certa forma sim, e você? Está me seguindo? - Perguntei sem tirar os olhos do meu computador.
- Não, é apenas destino. - Ele respondeu sorrindo.
- Sei. - Respondi ainda sem tirar os olhos do computador.
- Gostaria de dar um aviso Luna. Não fique espalhando suas histórias de terror por ai, pode ser perigoso. - Ele disse sério.
- Não me diga o que fazer! - Respondi com raiva. E quando percebi ele não estava mais ali.
Comecei meu tratamento, como não havia ninguém com quem contar em casa eu e os médicos decidimos que era melhor que eu ficasse internada até o fim do tratamento. E mesmo naquele hospital os pesadelos voltavam á me atormentar.
Parece um tanto bizarro, mas acredite ou não podemos sentir a presença dele, e sentir a presença dele significa que estamos cada vez mais perto da morte. Embora eu tivesse recebido dos mais diversos avisos, no meus sonhos, no meio do dia, e afins eu ignorei á tudo e a todos e eu estou mais uma vez repassando essa história, sobre esse homem que está o tempo todo nos observando, desde nossa nascimento até a ultima batida de nossos corações. Ele não gosta que falemos deles por ai, nem tão pouco que contemos de nossa experiências, mas falar sobre a morte quando esta prestes a morrer não faz diferença alguma. O problema está quando se está bem e saudável e se está lendo a história de quem não deveríamos conhecer...
Já haviam se passado mais ou menos três semana desde que comecei meu tratamento, e posso sentir a presença dele. Senti um calafrio, e minha espinha se arrepiar, o ar parecia mais frio e os corredores pareciam escuros. Era ele.
Ele está lá quando nascemos, ele está lá quando crescemos, quando choramos ou sorrimos, ele está lá o tempo todo esperando o momento certo de nos levar. Quando você acorda no meio da noite e tem a impressão de estar sendo observado saiba que é ele que está ali te encarando e isso é um sinal de que logo você irá embora com ele. Não se assuste mas ele está te encarando fixamente agora. Cuidado, pois a próxima alma pode ser a sua.
C. M. De Lima
~Abbadon
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